O teste respiratório do hidrogênio expirado tem como objetivo principal ajudar o seu médico no diagnóstico de intolerância alimentar e/ou disbiose (alteração da microbiota intestinal). Tais doenças podem se manifestar com náuseas, empachamento, eructação, inchaço abdominal, cólicas, flatulência excessiva, diarréia e/ou constipação, sintomas comuns no consultório do gastroenterologista e, muitas vezes, tratados sem definição diagnóstica. O teste respiratório do hidrogênio expirado deve ser utilizado para diagnóstico específico a fim de tentar controlar esses sintomas utilizando dieta individualizada ou alterando a microflora intestinal. O exame é bem tolerado pela maioria dos pacientes.
O que é o teste respiratório do hidrogênio expirado?
É um exame não invasivo que mede o hidrogênio exalado pelos pulmões. Sabe-se que o gás hidrogênio é produzido pelas bactérias intestinais. Tais bactérias produzem uma maior quantidade de hidrogênio quando o carboidrato ingerido não é devidamente absorvido pelo intestino delgado, sendo fermentado por elas, causando assim os sintomas. Uma parte desses gases é expelida através de flatos e outra parte é absorvida pelos intestinos, passa para a corrente sanguínea e é exalada pelos pulmões durante o processo respiratório. A única fonte do gás hidrogênio é a fermentação bacteriana. Os gases expirados são facilmente detectados por equipamentos específicos. Após a ingestão de determinado tipo de açúcar, o aumento do hidrogênio e/ou do metano na expiração, indica que essa substância não está sendo totalmente absorvida pelo organismo e/ou existe uma alteração da microbiota intestinal (disbiose).
Por que o médico solicita o teste respiratório do hidrogênio expirado?
Para investigação de sintomas como náuseas, empachamento, eructação, inchaço abdominal, cólicas, flatulência excessiva, diarréia e constipação, que podem estar relacionados a intolerância alimentar e/ou disbiose (alteração da microbiota intestinal), doenças que possuem tratamentos específicos.
Qual é o preparo para o teste respiratório do hidrogênio expirado?
Quatro semanas antes do exame:
Não usar antibiótico oral ou venoso (apenas antibióticos tópicos para pele, olhos e ouvidos são liberados);
Não usar probióticos (ex.: Floratil, Prolive, Repoflor, etc.);
Não realizar colonoscopia ou enema opaco (Rx do intestino grosso com contraste);
No dia anterior ao exame:
Ingerir dieta pobre em fibras (evitar ao máximo alimentos ricos em fibras como cebola, alho, alho poró, feijão, ervilha, repolho, couve, aveia, linhaça, arroz e pão integral, laranja, maçã, manga, ameixa,etc.);
Suspender uso de vitaminas, laxativos e suplementação de fibras (ex.: Metamucil, Benefiber, Plantaben, FiberMais);
Não ingerir leite ou derivados, refrigerantes, bebidas esportivas (ex.: Gatorade), bebidas alcoólicas, sucos de frutas (especialmente industrializados);
No dia do exame:
Jejum de 12 horas antes do exame;
Não fumar;
Suspender goma de mascar;
Não praticar atividades físicas;
Não usar cola de prótese dentária;
Não usar creme dental e enxaguante bucal;
Trazer sua escova de dentes.
O que acontece durante o teste respiratório do hidrogênio expirado?
Você deverá soprar em um aparelho para que uma amostra de gás expirado seja analisada. Depois um líquido adoçado será ingerido. Em seguida, você colherá novas amostras em intervalos regulares (que podem variar de 15 a 30 minutos) por aproximadamente duas ou três horas. Durante todo o teste, o técnico perguntará você está sentindo náuseas, borborigmo (deslocamento dos gases ou líquidos intestinais), inchaço ou dor abdominal, cólica, diarréia ou qualquer outro sintoma que pode ter sido provocado pela ingestão do substrato. O protocolo preenchido pelo técnico será analisado pelo médico responsável pelo laudo.
O que acontece depois do teste respiratório do hidrogênio expirado?
Você será liberado e poderá se alimentar e dirigir. O médico geralmente libera o laudo do exame na semana seguinte ao procedimento
Importante:
As informações acima consistem em esclarecimentos gerais e não podem ser usadas para definir a conduta em casos específicos. É muito importante consultar o médico sobre suas condições particulares.